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Outubro Rosa: um toque de atenção


Data de Publicação: 1 de outubro de 2025
Crédito da Matéria: Assessoria de Comunicação CRN-2
Fotos: Assessoria de Comunicação CRN-2
Fonte: Beatriz Moser (CRN-2 0701)


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Durante o mês de Outubro Rosa, reforçamos a importância da prevenção e do autocuidado na luta contra o câncer de mama. A campanha surgiu na década de 1990 e se tornou um movimento mundial de conscientização, incentivando mulheres e homens a realizarem exames preventivos e a conhecerem melhor o próprio corpo.

Conversamos com a nutricionista Beatriz Moser (CRN2-0701), voluntária técnica do IMAMA desde 2007, sobre a importância de uma alimentação equilibrada, escolhas conscientes e hábitos que fortalecem a saúde como um todo, contribuindo para a prevenção e o bem-estar em cada fase da vida.

 

Falar de câncer causa medo em muita gente, mas o Outubro Rosa pode ser um convite ao autocuidado. Como transformar esse momento em uma oportunidade de olhar para si com mais carinho e desconstruir medos?

O medo vem do desconhecido. Conhecer nosso corpo em todas as suas fases é o melhor caminho. Chegar cedo no diagnóstico faz toda a diferença, e para isto temos que nos cercar de informações de prevenção vindas de profissionais e instituições especializadas. O Outubro Rosa nos diz para termos o nosso mês rosa de cuidados e exames preventivos.

Você já passou pelo câncer de mama. Como essa experiência transformou a forma como você enxerga a saúde, o autocuidado e até mesmo a sua prática profissional?

Aos 40 anos de idade, por orientação de minha ginecologista, passei a fazer mamografias anuais de rastreio. Aos 43 anos detectamos o câncer iniciando. O tratamento foi retirar as pequenas lesões. Mas o aprendizado estava só começando. Sou Nutricionista desde 1983, e com alimentação cuidada, mas isto não foi suficiente, pois o câncer é multifatorial. Aprendi na pós em Oncologia o que é o câncer. Mudei o Estilo de Vida, isto é, alimentos orgânicos, terapia e exercícios físicos se tornaram rotina até hoje. Hoje passo todo meu conhecimento para outras mulheres com ou sem o diagnóstico.

O tratamento muitas vezes traz mudanças visíveis. De que forma a mulher pode acolher essas transformações, sem perder a sua essência?

Encarar a doença como um sinal de alerta para mudarmos nossas rotinas, é o primeiro passo. A ajuda técnica na alimentação, no emocional e no físico é extremamente importante. Nossa essência só melhora quando passamos a nos cuidar.

Organizações como o IMAMA e as ligas de combate ao câncer têm um papel fundamental em conscientizar sobre a saúde e servir como rede de apoio para pessoas que estão enfrentando a doença. Como você percebe que a nutrição pode entrar nesse cuidado integral com a saúde da mulher?

Somos o que comemos, pensamos e fazemos. Os alimentos podem nos curar e nos adoecer, dependendo da frequência que os consumimos. A Nutrição tem papel fundamental na saúde e no tratamento. No IMAMA temos uma equipe de Nutricionistas Voluntárias, que atendem cada paciente a passar pelo processo da melhor forma.

O ato de comer está ligado a prazer, memória e afeto. Como a mulher pode manter essa relação positiva com a comida, mesmo em fases difíceis do tratamento? Como fazer da alimentação algo agradável durante o tratamento?

Cada paciente tem suas preferências alimentares, e cada tipo de tratamento terá seus efeitos colaterais. A orientação nutricional prioriza alimentos que gerem vitalidade e agradem ao paladar. Utilizar sopas ou sucos liquidificados na hora do consumo, são algumas das estratégias onde podemos colocar temperos e suplementos naturais. Observamos a hora e frequência de consumo para atender às necessidades da paciente.


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